Não creio muito nessas histórias de que todos temos várias "facetas", ou, ainda, coisas do tipo "você não conhece a verdadeira marcela", nada mais cafona... kkkkkk
Eu, pelo menos, acredito ser só uma. Até onde sei, nesse momento não sou nenhum desdobramento de mim mesma. Nunca me foi dito que eu tivesse qualquer transtorno de personalidade dissociativa. Todos os dias acordo com a impressão de que hoje é continuação de ontem, assim como eu continuo sendo a mesma de ontem, um dia há mais e um a menos de vida. Não é porque sou geminiana que devo ser, necessariamente, esquizofrênica.
Mesmo assim, as pessoas me dizem, cada uma de dentro da sua bolha, uma avaliação sobre mim: ansiosa, deprimida, alegre, triste, tranquila, preocupada, inteligente, relapsa, afetiva, fria, chata, bacana (troquei o simpática pelo bacana, simpática é o ó).
Poucos me dizem : normal, adaptada, condizente às regras sociais, correspondente às expectativas de terceiros.
Tentando ser qualquer coisa não seja aversiva a mim mesma, causo estranhamento nas maiorias e sobrevivo bem entre os loucos e degenerados. Diga-se, esses me olham assim: ah, essa mocinha, acho que ela é meio assim como eu.
Aqui nesse blog, quando leio o que escrevo, me acho o que há de mais arrogante e sarcástico. Era isso que eu queria dizer quando comecei o texto, mas as palavras e as idéias aparaceram, assim é a linguagem, e eu não pude me desfazer delas.
Há muito não escrevia sem pretensões acadêmicas. Mas nessas eu era pouco de mim, porque não tinha muita liberdade linguística.
Escrevendo no blog, agora, me sinto honesta, autêntica.
E, ao mesmo tempo, tem alguma coisa de mim que é expressiva de mais: essa irônia, essa arrogância que já disse. Isso é meu, mas, aqui, é superlativo. Continuo sendo eu; e uma personagem de mim mesma.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
É tudo 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 = 1. rsrs
Postar um comentário